# Gramática gerativa # Linguística cognitiva # Aprendizado de línguas
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Live com o Eliakim Ferreira Oliveira sobre suas pesquisas no doutorado em andamento: “Uma comparação entre o programa de pesquisa da gramática gerativa e o da linguística cognitiva”.
Ele é doutorando do Departamento de Filosofia da USP, bolsista Fapesp (Processo 24/00609-0).
As perguntas buscam equilibrar rigor acadêmico com clareza para o público geral.
Em síntese, enquanto a Gramática Gerativa busca explicar a estrutura formal e inata da linguagem, a Linguística Cognitiva investiga a linguagem como parte da cognição e da experiência humana. Assim, o contraste central entre os programas é epistemológico: o primeiro privilegia a abstração formal e a modularidade da mente, e o segundo valoriza a integração entre linguagem, mente e cultura.
Comparação entre o programa de pesquisa da Gramática Gerativa e o da Linguística Cognitiva
A Gramática Gerativa, proposta por Noam Chomsky a partir da década de 1950, tem como foco principal a competência linguística inata — ou seja, o conhecimento implícito que permite aos seres humanos produzir e compreender um número infinito de sentenças. Esse programa de pesquisa busca descrever a estrutura formal da linguagem, enfatizando a autonomia da gramática em relação a outros domínios mentais, como a percepção e o pensamento. A linguagem, para a abordagem gerativa, é um módulo cognitivo especializado, governado por regras universais (a chamada Gramática Universal) e sujeito a princípios e parâmetros que explicam a variação entre as línguas.
Por outro lado, a Linguística Cognitiva, desenvolvida principalmente a partir dos anos 1980 por autores como George Lakoff, Ronald Langacker e Leonard Talmy, surge como uma reação à visão formalista da gramática gerativa. Ela propõe que a linguagem não é um sistema autônomo, mas uma manifestação da cognição geral humana. A ênfase recai sobre o papel da experiência, da conceptualização e da metáfora na estruturação da linguagem. Para essa corrente, as categorias linguísticas são graduais e motivadas semanticamente, e a gramática reflete modos de perceber e organizar o mundo.
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